Covid-19/Vacina

Com as aprovações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e início da vacinação contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil, tanto as dúvidas quanto as informações equivocadas (fake news) cresceram. Sendo assim, nós, médicos e toda a comunidade científica, temos como dever reforçar pontos importantes sobre a imunização, além de derrubar “conceitos” que prestam verdadeiro desserviço e tentam invalidar a vacina.

A nossa recomendação é para que todas as pessoas recebam o imunizante quando estiver disponível para todos os grupos. No entanto, vale pontuar que, nesta primeira fase, a vacina foi direcionada às pessoas expostas a maiores riscos. Em relação à eficácia, sobretudo à segurança das vacinas, questões muito discutidas nos tempos atuais, não temos o que temer.

A ANVISA, bem como o Instituto Butantã e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são entidades sólidas e respeitadas no mundo todo. Portanto, a comunidade médica-científica e os cidadãos brasileiros devem demonstrar confiança, afinal, são anos de serviços prestados com excelência à sociedade. Sem esquecer que as vacinas são um dos maiores feitos da humanidade, além da atuação direta na redução e erradicação de doenças, como a varíola.

Em resumo, se a ANSIVA qualifica a vacina contra o coronavírus como segura e eficaz, mesmo que em autorização para uso emergencial, quando for chegada a hora, todos devem buscá-la. A cada dia que passa, o número de óbitos cresce e a vacinação é um dos mecanismos de evitar que mais vidas sejam perdidas, uma vez que impede quadros graves de COVID-19.

Pessoas com Doenças Pulmonares e a Vacinação

Segundo a mais recente divulgação do Ministério da Saúde, pessoas com doenças pulmonares, como DPOC, fibrose cística, doenças intersticiais pulmonares fibrosantes, pneumoconioses, displasia broncopulmonar, hipertensão pulmonar e asma grave, terão prioridade na fase 3 do plano de vacinação. No entanto, caso tenha alguma dúvida, não deixe de conversar com o seu médico ou buscar orientação com médicos pneumologistas.

Por fim, ressalto mais duas observações. A primeira é que não devemos repassar vídeos, mensagens e outros formatos de “informações” sem antes checar se de fato são verdadeiras. Pesquise sempre, procure informações vindas de entidades médicas ou cientificas e, na dúvida, procure um médico para mais esclarecimentos.

A segunda é que, mesmo com a vacinação em curso, as medidas de proteção também devem continuar. São elas:

1. Uso de máscaras;
2. Distanciamento físico de pelo menos 1,5 metro;
3. Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool 70%;
4. Evitar aglomerações;
5. Permanecer em isolamento respiratório domiciliar, desde o 1º dia de sintomas suspeitos de COVID-19. Procurar atenção médica para o diagnóstico correto e seguir a orientação recebida e apropriada para cada caso em sua individualidade. Não se automedicar;
6. Manter os ambientes arejados e ventilados.

Obs.: as recomendações acima fazem parte do conteúdo emitido em nota pela Associação Médica Brasileira (AMB) em conjunto com suas afiliadas:

Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
Sociedade Brasileira de Clínica Médica
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Sociedade Brasileira de Infectologia Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Referências:

https://sbpt.org.br/portal/wp-content/uploads/2021/01/Nota-Oficial-AMB_COVID_Inclusao.pdf

https://sbpt.org.br/portal/wp-content/uploads/2021/01/PlanoVacinac%CC%A7a%CC%83oCovid-v2-22jan2021-nucom.pdf

https://infectologia.org.br/wp-content/uploads/2021/01/informativo-conjunto-da-amb-e-sbi-sobre-vacinacao-e-tratamento-farmacologico-preventivo-covid-19.pdf