Câncer de Pulmão
- Estimativas de novos casos: 30.200 (17.760 homens e 12.440 mulheres);
Os números são estimados para cada ano de 2020-2022. Fonte: INCA - Número de óbitos: 28.717 (16.371 homens e 12.346 mulheres)
Fonte: Atlas de Mortalidade por Câncer, 2018
Nos últimos anos, a taxa de incidência tem demonstrado queda, porém, como é possível observar, as estatísticas ainda são preocupantes, principalmente em relação ao número de óbitos. Sendo assim, o cuidado e a prevenção deste câncer são pautas relevantes e merecem a atenção de toda a sociedade.
A influência do tabagismo e outras causas
A ligação entre o câncer de pulmão e o tabagismo é direta. Cerca de 85% dos tumores malignos diagnosticados no órgão estão associados ao cigarro e derivados do tabaco. No entanto, deve-se pontuar que o cigarro ainda é o principal fator de risco, pelo menos no Brasil.
O risco de câncer de pulmão e de morte pela doença aumenta de acordo com a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade de pessoas que fumam é 15 vezes maior (média) do que entre pessoas que nunca fumaram. Em relação aos ex-fumantes, a mortalidade é em média quatro vezes maior.
Embora o cigarro e consumo de derivados do tabaco sejam as principais causas, o risco de câncer de pulmão aumenta quando ocorre:
- Infecções pulmonares de repetição;
- Excesso ou deficiência de vitamina A no organismo;
- Presença de doença pulmonar obstrutiva (enfisema pulmonar e bronquite crônica);
- Exposição à poluição do ar;
- Fatores genéticos (casos de câncer de pulmão na família);
- Contato com agentes químicos ou físicos, como asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio entre outros.
Se além da exposição aos fatores de risco, a pessoa também dor tabagista, as chances de desenvolver câncer de pulmão são ainda maiores.
Sintomas do câncer de pulmão
O surgimento dos sintomas, geralmente, ocorre quando o câncer de pulmão já está em estágio avançado. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sinais da doença em fases iniciais. Neste casos, os sintomas mais comuns são:
- Tosse persistente;
- Escarro com presença sangue;
- Dor no peito;
- Rouquidão;
- Falta de ar, que pode agravar em pessoas que já sentem dificuldade para respirar;
- Perda de peso e de apetite;
- Pneumonia recorrente e/ou bronquite;
- Cansaço e sensação de fraqueza.
Diagnóstico e tratamento do câncer de pulmão
Ao perceber os sintomas acima, é indispensável que a pessoa procure orientação médica o quanto antes. A detecção precoce do câncer de pulmão aumenta as possibilidades de tratamento e chances de cura.
O diagnóstico envolve algumas práticas iniciais, sendo uma delas a realização de exames de imagem, como raio-x do tórax, complementado por tomografia computadorizada. Outros exames comuns são: broncoscopia (endoscopia respiratória) e biópsia (retirada de pedaços do tumor para análise). Em pessoas assintomáticas, mas que estão associadas aos fatores de risco, também é indicada a realização de raio-x de tórax.
Uma vez confirmado, o câncer de pulmão precisa ser rapidamente tratado. A abordagem envolve médicos de diferentes especialidades, como oncologista, pneumologista, entre outros. O plano de tratamento é definido a partir do estágio do tumor, bem como dos locais onde a doença está localizada. Além dos pulmões, outros órgãos podem ser atingidos.
Neste aspecto, as modalidades de tratamento vão desde cirurgias para retirada do tumor até realização de quimioterapia/radioterapia.
Fonte: INCA
Dr. Emanuell Lima
Pneumologista
CRM/TO 3801 - RQE 2459
- Formação Médica pelo Instituto Presidente Antonio Carlos (atual UNITPAC)
- Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Regional de Araguaína.
- Especialista em Pneumologia e Tisiologia pelo Hospital Geral de Goiânia (Alberto Rassi) - HGG
- Professor Membro do corpo docente na disciplina de Pneumologia pela Universidade Federal do Tocantins - UFT